Portfólio da disciplina Educação Comunitária e para a Cidadania do módulo II - Educação Comunitária, Saúde e Cidadania na Escola do curso de especialização "Ética, Valores e Cidadania na Escola" da Universidade de São Paulo.

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Autor: Fernando de Padua Laurentino - Butantã II - Turma D

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

6- Educação comunitária e questão de gênero na escola

A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

LEI MARIA DA PENHA
A introdução da lei diz:

Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

— Lei 11.340
PELA IGUALDADE DAS RELAÇÕES ENTRE HOMEM E MULHER
"O desembargador Dorival Renato Pavan, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), concedeu uma liminar em favor de um homem com base na Lei Maria da Penha, que prevê a proteção de mulheres agredidas por homens. A vítima, que está em processo de separação, afirmou sofrer diversas ameaças, agressões físicas e verbais, que o desmoralizariam perante colegas do trabalho e do filho adolescente.
(...)
De acordo com Pavan, foram aplicadas as disposições da Lei Maria da Penha por analogia e isonomia, quando as agressões partem da esposa contra o marido, "sem desconsiderar o fato de que a referida lei é destinada à proteção da mulher diante dos altos índices de violência doméstica em que na grande maioria dos casos é ela a vítima", afirmou o magistrado."
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5358556-EI5030,00-MS+Lei+Maria+da+Penha+protege+homem+que+apanharia+da+mulher.html
publicação: 19/09/2011
acesso: 13/12/2011

5- Protagonismo juvenil e participação escolar

educação: acesso aos bens culturais/ formação política e cidadania

MUSEUM OF TOLERANCE - Los Angeles (EUA)

Há uma cena do filme "Escritores da Liberdade" onde uma professora para fazer os alunos entenderem as consequências últimas da intolerância racial leva seus alunos a um museu. Mas não a qualquer museu. A um museu sobre o holocausto: Museum of Tolerance. O contato com as fotos, objetos e todo material relacionado ao holocausto é impactante para os adolescentes que participavam de gangues de bairro. Estas gangues eram formadas basicamente por grupos etnicos distintos: latinos, vietnamitas, negros etc.
O museu no caso é um bem, um patrimônio cultural fundamental para a compreensão da nossa história e realidade. No caso do filme teve a finalidade de ensinar para que erros históricos não se repitam.
Os bens culturais devem ser parte integrante na construção da formação política e de cidadania dos alunos.

2- Fórum escolar de ética e cidadania





A Escola Estadual Helena kolody, da cidade de Colombro na região metropolitana de Curitiba tem uma rica experiência com Fórum Escolar. A criação do Fórum Escolar surgiu a partir de uma violência cometida contra um ex=-aluno da escola, ou seja, o ato que não estava diretamente relacionada à escola.

Lema das finalidades do fórum: "Sensibilizar, mobilizar, propor e cobrar".

E ideia principal que motivou à criação
"...parar com a violência a partir de atitudes de envolvimento da comunidade"
(...)
"Nós temos que entender que o adolescente, a criança eles precisam ser educados para ver a escola como sua, tomar a escola nas mãos como sua. Isto é muito claro no educador Paulo Freire que a comunidade tem que tomar a escola nas mãos, sentir a escola como parte da sua vida. Isso só através da discussão, da formação(...)"

Fórum
-articular segmentos da comunidade (eixo de atuação: ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social).

- discutir e gerir administração
- definir temas (trans e interdisc.)
- conseguir recursos
- parcerias

1- A escola e as relações com a comunidade


"As crianças são naturalmente curiosas. Querem aprender. Então, por que não aprendem? A Maria Alice, psicopedagoga por vocação, me contou algo que uma menininha lhe disse: "O mundo é tão interessante. Há tanta coisa que eu gostaria de aprender. Mas não tenho tempo. Tenho muitas lições de casa para fazer..." O que é que as crianças querem aprender? Ou, mais precisamente, o que é que o corpo deseja aprender? Mas, antes dessa pergunta, vem uma outra: "Por que é que o corpo deseja aprender?" Ele deseja aprender para se virar no mundo. Ele quer conhecer coisas que fazem o seu mundo e afetam a sua vida.(...)
Aí eu me perguntei: "Qual é o primeiro entorno da criança?" Preste atenção nessa palavra "entorno". Ela significa aquilo que está "em torno", o espaço que pode nos dar vida ou matar. O primeiro entorno da criança é a sua casa. Pensei então: "Não seria possível fazer um programa que tomasse a casa como seu objeto? Começar a conhecer o mundo a partir da casa! (...)
Amyr Klink "questionado por um repórter sobre a escola ideal para os seus filhos ele respondeu: "A escola que eu desejaria para os meus filhos é uma escola que há nas Ilhas Faroë, lugar onde viveram os vikings. Lá as crianças aprendem tudo o que devem aprender construindo uma casa..."
(...)
Rubem Alves in Folha de São Paulo, 25 de novembro de 2008.

Partindo da ideia exposta por Rubem Alves poderíamos ampliar dizendo que depois da casa o principal objeto de interesse é a rua, o bairro, a comunidade. Se o primeiro entorno do corpo é a casa, o primeiro entorno da casa é o bairro. É a vida social estabelecida pelo critério de vizinhança. É a vida partilhada com quem tem proximidade da sua própria casa. Daí a importância de considerar o bairro ou a comunidade como espaço de aprendizagem.